Como vai evoluir o espectador de cinema na Internet? Vai ser uma reprodução caricatural do cliché do espectador das salas (veja-se esta imagem promocional do site MovieFlix)? Ou será transformado pelas próprias novidades tecnológicas da oferta? — este texto foi publicado no Diário de Notícias (31 de Outubro), com o título 'Filmes por... assinatura?'.
A notícia veio no jornal Variety: os estúdios Disney estão a trabalhar num novo sistema de difusão, de nome Keychest, tentando multiplicar as possibilidades do consumidor aceder a qualquer filme, a partir das mais diversas plataformas (televisão por cabo, computador, Blu-ray com ligação à Internet, etc.).
A notícia veio no jornal Variety: os estúdios Disney estão a trabalhar num novo sistema de difusão, de nome Keychest, tentando multiplicar as possibilidades do consumidor aceder a qualquer filme, a partir das mais diversas plataformas (televisão por cabo, computador, Blu-ray com ligação à Internet, etc.).
De facto, a novidade não está nesses canais, todos em desenvolvimento mais ou menos avançado, mas sim no contrato de compra: aquilo que o consumidor irá adquirir não é o acesso a determinada obra, eventualmente para download, mas sim uma assinatura global que lhe permitirá ver qualquer filme de uma vasta base de títulos. E sem barreiras técnicas: um filme pode ser “transferido”, por exemplo, do computador para o telemóvel... A assinatura consiste em pagar uma chave (key) para aceder aos filmes disponíveis. Os mais prudentes consideram que serão precisos cinco anos para que o sistema se torne rentável. O certo é que hipóteses deste género surgem como tentativa de compensar a baixa regular do mercado do DVD, para já não anulada pelo crescimento do Blu-ray.