segunda-feira, outubro 12, 2009
Stockhausen em cinco discos (5)
Concluímos a apresentação de um olhar panorâmico pela obra de Karlheinz Stockhausen através dos seus discos com Mantra. Trata-se de uma obra para dois pianos e electrónica que representou, em 1971 (quando composta), a primeira composição do autor com partitura totalmente escrita, após uma etapa de trabalhos com um outro grau de liberdade e espaço à improvisação. Mantra explora a expansão e contracção de duas melodias, segundo uma “fórmula” que o próprio trabalhou e desenvolveu em diversos outros trabalhos. O som de cada piano é captado por microfones e depois modulado por uma série de aparelhos colocados ao lado dos pianistas, permitindo-lhes trabalhar depois a modulação dos sons finais. Há várias gravações de Mantra. Uma primeira, acompanhada pelo próprio Srockhausen, foi gravada em 1971 por Alfons e Aloys Kontarsky, para a Deutsche Grammophon. Entre outros títulos contam-se ainda uma gravação por Yvar Mikashaft, Rosland Bevan e Ole Orsted, para a New Albion (na imagem) e outra, por Andreas Gnau, para a Wergo.