Nas muitas paisagens de infinitas sínteses que definem o mapa da pop actual, este colectivo de São Francisco — de seu nome Girls — vai desde o mais obstinado romantismo até às feridas cruéis dos sons mais eléctricos. Para que o paradoxo não exclua a ironia, o nome de Girls convoca sinais intermutáveis de masculino e feminino. Já os definiram como herdeiros do Elvis Costello de tempos quase adolescentes, et pour cause... Digamos, para simplificar que os sons do seu álbum de estreia, Hellhole Ratrace, nos falam de uma melancolia habitada por contidas dores e alguns espasmos de felicidade — como o prova o austero tema-título, aqui devidamente documentado por um teledisco dirigido por Aaron Brown, tocado por uma poética realista rara nos dias que correm. Entranha-se, podem crer.
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