Por cada imagem que acede ao panteão dos símbolos, quantas ficam esquecidas?... É uma pergunta curiosa que a nossa cultura mediática cada vez mais justifica, sobretudo enquanto cultura que se alimenta, obsessivamente, de imagens que possam restringir o campo dos possíveis, formatando a próprio comunicação (observe-se o labor maniqueísta da maior parte da informação televisiva).
Vale a pena, desta vez, nem que seja por ironia, contrapor à imagem da capa de Abbey Road a sua sombra nunca lembrada. Ou melhor: a contracapa (tão interessante quanto a capa). Nela vemos uma figura feminina que sai de campo, deixando-os apenas face à precisão informativa do lugar. Podemos perguntar: quem é aquela mulher que a história não regista? A resposta, mesmo que não a tenhamos (aliás, sobretudo porque não a temos), envolve sempre uma promessa de ficção. Ou como qualquer dinâmica cultural se faz tanto das histórias que se contam como das que ficam por contar.
Vale a pena, desta vez, nem que seja por ironia, contrapor à imagem da capa de Abbey Road a sua sombra nunca lembrada. Ou melhor: a contracapa (tão interessante quanto a capa). Nela vemos uma figura feminina que sai de campo, deixando-os apenas face à precisão informativa do lugar. Podemos perguntar: quem é aquela mulher que a história não regista? A resposta, mesmo que não a tenhamos (aliás, sobretudo porque não a temos), envolve sempre uma promessa de ficção. Ou como qualquer dinâmica cultural se faz tanto das histórias que se contam como das que ficam por contar.