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Vale a pena, desta vez, nem que seja por ironia, contrapor à imagem da capa de Abbey Road a sua sombra nunca lembrada. Ou melhor: a contracapa (tão interessante quanto a capa). Nela vemos uma figura feminina que sai de campo, deixando-os apenas face à precisão informativa do lugar. Podemos perguntar: quem é aquela mulher que a história não regista? A resposta, mesmo que não a tenhamos (aliás, sobretudo porque não a temos), envolve sempre uma promessa de ficção. Ou como qualquer dinâmica cultural se faz tanto das histórias que se contam como das que ficam por contar.