Foi ontem, dia 9 de Agosto de 2009, na RTP1, no Telejornal. Quase a chegar ao 11º minuto, numa peça evocativa de Raul Solnado no Zip-Zip, a voz off informava: "No último programa, de que não há vestígio nem gravação..."
Quer isto dizer que um dos programas absolutamente vitais na história da televisão portuguesa não existe conservado na sua totalidade. Se quisermos ser populistas e demagógicos, poderemos sempre escolher um alvo contemporâneo e, como a própria televisão nos ensinou a fazer, encontrar "culpados", proclamar a "justiça" ou a "injustiça" dos resultados, como no futebol. Infelizmente, um caso destes — e quem conheça minimamente a história do património televisivo português sabe que não é um caso isolado — é sintoma de décadas e décadas de um enorme vazio político e cultural.
Uma coisa é certa: na morte de um nome central na história da comédia portuguesa na segunda metade do século XX, é-nos dito, en passant, que nos faltam vestígios e gravações... Será que ainda conseguimos sentir-nos chocados?
Quer isto dizer que um dos programas absolutamente vitais na história da televisão portuguesa não existe conservado na sua totalidade. Se quisermos ser populistas e demagógicos, poderemos sempre escolher um alvo contemporâneo e, como a própria televisão nos ensinou a fazer, encontrar "culpados", proclamar a "justiça" ou a "injustiça" dos resultados, como no futebol. Infelizmente, um caso destes — e quem conheça minimamente a história do património televisivo português sabe que não é um caso isolado — é sintoma de décadas e décadas de um enorme vazio político e cultural.
Uma coisa é certa: na morte de um nome central na história da comédia portuguesa na segunda metade do século XX, é-nos dito, en passant, que nos faltam vestígios e gravações... Será que ainda conseguimos sentir-nos chocados?