Começou a fazer música ainda muito novo. Era este o futuro que imaginava para si? Ou ainda há surpresas?
O meu futuro... Nunca soube bem o que seria... Cada dia é como uma aventura. Uma surpresa... Saber o que procuro? O que procuro no meu trabalho?...
Mas parece hoje ser um homem mais feliz...
Sou feliz, sim. Desde que comecei a fazer música procurei o que me pudesse fazer feliz. Sinto-me bem no meu dia-a-dia.
Essa felicidade vem sobretudo da realização no trabalho?
Há uma satisfação enorme quando se cumpre o que se deseja fazer. A concretização, por assim dizer, conta muito. É a conquista do que se pretende para um momento no tempo. E isso é muito importante para mim.
Apesar de manter a actividade tanro em estúdio como em palco, o que o interessa mais: a criação ou a performance?
Sou um compositor que faz canções pop... Criar canções pop é uma arte em si.
A sua música relaciona-se com um espaço criativo sem fronteiras que tanto alberga referências da música de câmara como as electronicas. Nico Muhly, Final Fantasy, são alguns dos muitos nomes que também seguem por caminhos próximos. Podemos falar de uma agitação neste espaço, numa era sem fronteiras?
Sim, de facto. Estudei música num sistema mais tradicional, mas bem cedo apercebi-me que não havia assim tantas diferenças entre muitas das formas... Mas junto de alguns académicos há muita “snobeira”.
(continua amanhã)