No álbum anterior contava com uma colaboração de Marienne Faithfull num dusto. Em The Bachelor convidou Tilda Swinton... Como consegue estas colaborações?
Acho que sei ser muito persuasivo (risos)... Faço com que as coisas aconteçam. Sou muito ambicioso no meu trabalho. Desafio-me... Tento encontrar para trabalhar comigo pessoas que respeite e que possam justificar uma resposta à minha energia criativa.
Como contacta as pessoas com quem quer trabalhar?
Falo do meu trabalho, das ideias, do interesse em trabalhar com elas. Admiro muito da Tilda Swinton... Gosto muito, por exemplo, dos filmes que fez com Derek Jarman, sobretudo o The Garden e também o Orlando, que fez com Sally Potter.
Rodou já dois vídeos para The Bachelor. Muito diferentes dos que antes fazia...
São mais controversos, mais desconfortáveis que os antigos...
Realizou inclusivamente o teledisco de Vulture... Porque não entregou o trabalho a outros realizadores?
Tentei procurar vários realizadores e nenhum deles entendeu o que eu queria nesse vídeo. O meu pai foi director criativo e esteve muito ligado ao cinema de arte, pelo que é um espaço que conheço. E então pensei que poderia ser interessante ser mesmo eu a faze-lo... A realizar eu mesmo um video meu...
O que o inspira hoje para fazer nova música?
Ando muito de bicicleta. Gosto de o fazer. Gosto de andar à volta de Londres, de sentir o vento a passar pelos cabelos e a química do corpo a funcionar bem... É libertador. Dá uma sensação de liberdade... Sente-se o Verão...
E como é fazer uma vida com uma agenda limitada, como é a que se tem em digressão. Sem tempo para sentir essa liberdade...
É preciso ver as coisas na sua escala... Sente-se a falta de algumas coisas... E por isso vai-se a diferentes locais para sentir essa liberdade. Hoje gosto mais de andar em digressão. Já consigo explorar as cidades e a sua cultura. Sentir as diferenças entre as cidades que visito... Preciso se encontrar felicidade nas coisas e seguir para a seguinte...
(conclui amanhã)