Hotel du Cap, Antibes, por ocasião do Festival de Cannes de 2006
FOTO Jonathan Becker/Vanity Fair
Se pode existir uma variante made in USA da noção britânica de gentleman, Dominick Dunne terá sido uma das suas mais perfeitas encarnações — nascido em Hartford, Connecticut, a 29 de Outubro de 1925, faleceu a 26 de Agosto, vítima de cancro.
Escritor e jornalista, a sua carreira é em grande parte indissociável da revista Vanity Fair, na qual criou um estilo próprio para abordagem dos bastidores da vida do entertainment, da política e dos tribunais. Alguns dos seus trabalhos mais célebres resultaram do acompanhamento de julgamentos famosos, por exemplo de O. J. Simpson, Claus von Bulow ou William Kennedy Smith. Pai do actor Griffin Dunne, teve também uma actividade significativa na área da produção, estando o seu nome associado a filmes que desafiaram convenções temáticas e morais — entre eles: The Boys in the Band/Os Rapazes do Grupo (1970), de William Friedkin, momento de renovação na abordagem dramática de um grupo de personagens homossexuais, e Pânico em Needle Park (1971), de Jerry Schatzberg, primeiro papel principal de Al Pacino. Alguns dos seus romances deram origem a telefilmes — por exemplo, The Two Mrs. Grenvilles, adaptado em 1987 por John Erman, com Stephen Collins, Ann-Margret e Claudette Colbert. A sua vida ficou retratada no documentário Celebrity: Dominick Dunne (2008), de Kirsty de Garis e Timothy Jolley. O derradeiro livro de Dominick Dunne — Too Much Money: A Novel — deverá ser publicado em Dezembro.
>>> Site oficial de Dominick Dunne.
>>> In memoriam, Vanity Fair.
>>> Obituário em The New York Times.