
Em todo o caso, o programa do dia 19 de Julho fica, sobretudo, como um brilhante exercício de pedagogia televisiva contra a desumanização inerente à imprensa dos "famosos". De forma simples e contundente, Os Contemporâneos mostraram que fazer jornalismo, cor-de-rosa ou de qualquer outra cor, é um trabalho que envolve sempre formas específicas de apropriação/reprodução dos factos e suas percepções. Nestes tempos de provinciana celebração da "informação" — como se nos pudéssemos dispensar da discussão das formas de responsabilização que lhe são inerentes —, este é mais um episódio para ver.