A fechar um mês que evocou os 40 anos da chegada do homem à Lua, memórias de livros que, pela ficção, anteciparam os feitos da missão Apollo 11.
H.G. Wells (1866-1946) foi um dos mais importantes autores pioneiros da ficção científica. E entre os seus “romances científicos” (como ficaram conhecidos) contou-se a história de uma primeira ida de seres humanos da Terra à Lua. Originalmente publicado em 1901, The First Men In The Moon. A aventura lunar é protagonizado por duas figuras, um deles um homem de negócios, o outro um cientista. É de uma descoberta deste último (a cavorite, mineral que contraria a força da gravidade e assim permite o levantar voo de um veículo rumo à Lua) que decorre a possibilidade de concretização da aventura. Chegados à superfície lunar aí descobrem uma civilização que descrevem como “selenita”. Como em vários escritos de Wells, por aqui surgem marcas de um observador do seu tempo, comentando essencialmente formas de regime e modelos económicos e civilizacionais vigentes no mundo real da passagem do século XIX para XX, reflectindo ainda sobre o comportamento dos seres humanos em sociedade.
O livro de H.G. Wells gerou três adaptações ao cinema. As duas primeiras datam dos dias do cinema mudo, a primeira juntando ao texto de Wells elementos de uma outra odisseia lunarm, escrita alguns anos antes por Júlio Verne. Em 1964 surge outra adaptação (cartaz a ilustrar o post), assinada por Nathan Juran, com efeitos especiais trabalhados por Ray Harryhausen.