O autor deste Elvis, guerreiro de muitas mágoas, reinventa imagens sobre imagens e assina com o sugestivo nome de Mr. Brainwash — é um herdeiro muito directo do materialismo lúdico de Warhol, acrescentando-lhe (por cima, literalmente) a agitação destes tempos de multiplicação de figuras, figurações e figurantes. Se a arte pop ainda pode ser pop, precisa desta sofisticada raiva para continuar a sê-lo — veja-se o respectivo site e confirme-se.
Madonna, hélas!, não muito dada a distracções, chamou-o para fazer a capa da sua anunciada antologia, Celebration (28 de Setembro). O resultado, esplendoroso, pode ver-se aqui. Dir-se-ia que não sabemos se ela se prepara para cantar Burning Up ou 4 Minutes — ou seja, não estamos no passado nem fingimos que conhecemos o futuro: pop é um verbo que se conjuga sempre no presente.