
A boa notícia é que o filme pode ser visto — como complemento de As Praias de Agnès, de Agnès Varda —, contrariando assim a má sorte de muitas curtas metragens portuguesas que, melhores ou piores, não conseguem chegar ao circuito comercial. Além do mais, tendo em conta que Varda é autora de um belo filme utópico que dá também pelo nome de A Felicidade (1965), esta é uma sugestiva rima à distância, ligando o romantismo dorido dos tempos da Nova Vaga francesa com um desencanto muito lusitano, ligado às mágoas do nosso viver presente e urbano.