
No curriculum de Yann Arthus-Bertrand, encontramos diversos álbuns fotográficos sobre as paisagens ameaçadas do planeta Terra (incluindo o muito popular A Terra Vista do Céu) e também outros dedicados a cães, gatos e cavalos. Através de um olhar cândido e contemplativo, aliado a uma técnica cada vez mais sofisticada, a sua obra impôs-se como um testemunho e um requiem: trata-se de celebrar todas as formas de vida e o seu valor mais básico de património da humanidade.
O filme Home – O Mundo É a Nossa Casa surge como uma consequência directa desse trabalho fotográfico. Poderemos considerá-lo politicamente naïf, quanto mais não seja porque, aqui, apenas pressentimos a quantidade imensa de problemas políticos e geo-estratégicos indissociáveis das questões ambientais. O certo é que há nele uma coerência primordial a que, por ironia e complementaridade, apetece chamar fotográfica. Como quem diz: isto existe. Acrescentando, num misto de alegria e angústia: e é preciso defender aquilo que existe.
