'Red Carpet Massacre' (album), 2007
Os Duran Duran começaram a trabalhar num sucessor de Astronaut em 2005 e, chegados a 2006 tinham 14 canções em mãos e um disco com o título de trabalho Reportage. Segundo consta, seria um disco de reencontro com as raízes new wave do grupo… Mas em Outubro de 2006 a banda revelou que iria trabalhar com Timbaland e Nate ‘Danja’ Hills em três temas, e que entre eles estaria uma colaboração com Justin Timberlake. Por esta altura, sob clara divisão de ideias sobre o rumo a tomar, a deterioração das relações com o guitarrista Andy Taylor atingiu um pico de crise. A ruptura foi anunciada pouco depois, entrando o grupo novamente em estúdio, trabalhando novas canções com a nova equipa de produção. O resultado chamou-se Red Carpet Massacre, representa a mais ousada e consequente das decisões dos Duran Duran em longos anos e deu-nos o seu melhor álbum desde os dias de Rio. Na verdade, a ligação a produtores na linha da frente (e com relação com a música negra) não era novidade na carreira dos Duran Duran, para tal bastando recordar o trabalho com Nile Rodgers nos anos 80. O disco cruza a alma pop melodista dos Duran Duran com soluções de produção contemporâneas, reactivando também aqui uma relação com a música de dança que o grupo desenvolveu na primeira etapa da sua obra. Ou seja, apesar da “novidade” do som, estavam apenas a retomar normas de trabalho em tudo próximas da sua história pessoal. O disco foi bem acolhido pelos textos críticos, mas acabou por não corresponder às expectativas nas vendas, sendo inclusivamente o segundo pior em vendas de toda a discografia da banda. A não edição de um segundo single (que nunca se saberá se seria Nite Runner ou Skin Divers) deixou o disco fora dos planos de promoção muito cedo, ditando assim o seu destino comercial. Há poucos meses a banda lançou uma edição limitada do álbum, em vinil.