
Nesse sentido, é importante conhecer as convulsões por que passou a história desta Lei Hadopi (a designação tem a ver com a sigla daquela que seria a "Alta Autoridade para a Difusão das Obras e Protecção dos Direitos na Internet"). É uma história que, no fundo, condensa um drama cultural e político inerente aos nossos tempos. A saber: como fazer evoluir a legislação sobre a criação artística, adaptando-a às componentes do mundo virtual?
Vale a pena ler, a esse propósito o editorial do jornal Le Monde, com o título exemplar 'Libertés.fr'. Como aí se refere, o Conselho Cons-titucional — evocando a Declaração dos Direitos do Homem, de 1789, nomeadamente a consagração do direito de "livre comuni-cação dos pensamentos e opiniões" — fez prevalecer a ideia de que a "importância adquirida pelos serviços online" implica a "liberdade de acesso" à Internet.
Como sublinha o jornal, para a Internet, trata-se do "reconheci-mento do seu papel agora essencial no espaço democrático." Em todo o caso, para além da derrota do Presidente francês, permanece um problema complexo: "como remunerar e proteger os artistas na idade da Internet?"
...À suivre.
...À suivre.