Provavelmente, daqui a 100 anos, os analistas dos nossos usos e costumes olharão para este video [em baixo] e começarão por descrever o óbvio. Ou seja: havia um batalhão de fotógrafos para filmar a família que vivia na Casa Branca, mas os serviços oficiais da própria Casa Branca filmavam os residentes como se estivessem a fazer um video para o YouTube. Importa, por isso, assumirmos a nossa responsabilidade histórica e esclarecer um detalhe para a posteridade —eles não filmavam "como se": é mesmo um video para o YouTube.
Não haverá maneira mais directa, e também mais didáctica, de explicar como a intervenção política é, hoje em dia, um trabalho de todas as instâncias comunicacionais e simbólicas — das profissionais às amadoras, percorrendo todos os caminhos da cultura high & low.
Mas não nos enredemos nas delícias abstractas da teorização. E lembremos que toda esta agitação serviu para assinalar a muito aguardada chegada de Bo — assim se chama o cão de água português que a família Obama promoveu à condição de official pet. Convenhamos que a sua primeira performance pública ainda não teve o rigor (nem o glamour, hélas!) de um protagonista do star system. Mas a imprecisão faz parte da aprendizagem. E porque este é o país de Hollywood, só nos resta repetir a notícia com a máxima objectividade. Que é como quem diz: nasceu uma estrela!
Mas não nos enredemos nas delícias abstractas da teorização. E lembremos que toda esta agitação serviu para assinalar a muito aguardada chegada de Bo — assim se chama o cão de água português que a família Obama promoveu à condição de official pet. Convenhamos que a sua primeira performance pública ainda não teve o rigor (nem o glamour, hélas!) de um protagonista do star system. Mas a imprecisão faz parte da aprendizagem. E porque este é o país de Hollywood, só nos resta repetir a notícia com a máxima objectividade. Que é como quem diz: nasceu uma estrela!