Casa Branca: a geração seguinte

Nunca se tinha visto tanta gente numa tomada de posse em Washington DC. Nunca tantos não americanos a acompanharam pela televisão e Internet... Várias razões explicam a dimensão do acontecimento. Não apenas o facto de Barack Obama ser o primeiro presidente afro-americano. Nem o poder da mensagem de “esperança” e “mudança” que a sua candidatura desde logo colocou na agenda. Há no casal Obama a certeza da transferência de poder para uma nova geração. Um sentido de modernidade que não parte apenas das suas datas de nascimento nem da sua imagem, mas que se indicia em inúmeros pequenos acontecimentos que sugerem a diferença. Acontecimentos mundanos, que adivinham uma postura política que se espera igualmente distinta. Da forma como partilharam com tantos outros as actuações dos U2, Bruce Springsteen, Mary J Blige ou Will.I.Am, na véspera, no Lincoln Memorial, ao modo como a campanha usou a Internet como determinante veículo de comunicação, muitos são os indícios de que outra geração chegou à Casa Branca.