
Mesmo que possamos acreditar (e por que não?) nas melhores intenções de um Presidente que teve que lidar com a tragédia do 11 de Setembro e as muitas ameaças terroristas, há qualquer coisa de obsceno na confissão de que a deficiente informação sobre as "armas de destruição" de Saddam Hussein constitui a "maior infelicidade" da sua presidência. Bush reconhece que "não estava preparado para a guerra" e nesse reconhecimento se condensa a terrível componente de irracionalidade que a história dificilmente apagará da sua passagem pela Casa Branca. Por tudo isso, a conversa com Gibson, aqui reproduzida, arrisca-se a transformar-se num bizarro, mas incontornável, documento histórico.