Eis o que parece ser uma imagem banal de um cão com a sua dona. Aliás: é uma imagem banal de um cão com a sua dona. Mas a banalidade é, quase sempre, uma ilusão fácil. Neste caso, importa dizer que Ratchet, o cão, foi recolhido por Gwen Beberg, em serviço no Iraque. Como muitos outros casos de soldados americanos, Beberg está em luta com as autoridades militares para conseguir autorização para enviar Ratchet para os EUA — para além dos factores afectivos envolvidos, trata-se de salvar o animal de ser abatido. A sua reivindicação tem o apoio da Society for the Prevention of Cruelty to Animals (SPCA) e é mesmo objecto de uma petição que pode ser assinada on line (Clemency for Ratchet).
Trata-se apenas da história de um cão. Não basta para compreendermos uma guerra, muito menos para formularmos uma leitura política da mesma. Ou então, colocando a questão de forma mais seca, trata-se de pensar na hipótese de fazer a política mais simples (e que, pelos vistos, continua a suscitar muitas resistências regulares e regulamentadas): a política de defender a vida, nem que seja a vida de um cão.
O caso de Ratchet e, de um modo geral, a situação dos animais recolhidos pelos soldados americanos no Iraque é objecto de tratamento no site Baghdad Pups — ao som de uma versão do Let it Be, dos Beatles, este é um dos seus videos.
O caso de Ratchet e, de um modo geral, a situação dos animais recolhidos pelos soldados americanos no Iraque é objecto de tratamento no site Baghdad Pups — ao som de uma versão do Let it Be, dos Beatles, este é um dos seus videos.