Esta é a segunda morte simbólica dos Pink Floyd — ou, se assim nos podemos exprimir, dos Pink Floyd como símbolo. A primeira aconteceu em 1968, com a saída do mágico Syd Barrett (cujo falecimento ocorreu em 2006). Agora, com o desaparecimento de Richard Wright, vitimado por cancro aos 65 anos de idade, tornou-se impossível esperar uma utópica reconversão da banda de Dark Side of the Moon — o derradeiro encontro, vinte anos passados sobre a saída de Roger Waters, ocorreu no Live 8, em Londres, no Hyde Park, a 2 de Julho de 2005.
A sua voz fica para sempre ligada ao imaginário "Floyd" através da interpretação (com Barrett) de Astronomy Domine, faixa de abertura do primeiro álbum da banda, The Piper at the Gates of Dawn (1967). Além do mais, mesmo sem nunca ter tido um papel de liderança, Wright compôs temas de vários álbuns, nomeadamente em The Division Bell (1994), o último registo de estúdio do grupo — em baixo, desse álbum, podemos ouvir Marooned, composto por David Gilmour e Wright.
Seja como for, foi como homem das teclas (era pianista autodidacta) que Wright deixou a sua marca mais forte nos Pink Floyd, em particular na definição de texturas de fundo que, por vezes, adquiriam funções de protagonismo melódico. Depois da cisão de 1968, colaborou ainda com Barrett nos álbuns The Madcap Laughs e Barrett, ambos de 1970. Esteve também ligado a alguns registos de Gilmour. A solo, Wright deixou dois títulos: Wet Dream (1978) e Broken China (1996).
Seja como for, foi como homem das teclas (era pianista autodidacta) que Wright deixou a sua marca mais forte nos Pink Floyd, em particular na definição de texturas de fundo que, por vezes, adquiriam funções de protagonismo melódico. Depois da cisão de 1968, colaborou ainda com Barrett nos álbuns The Madcap Laughs e Barrett, ambos de 1970. Esteve também ligado a alguns registos de Gilmour. A solo, Wright deixou dois títulos: Wet Dream (1978) e Broken China (1996).