Desde Maio que, nas sondagens diárias efectuadas pela Gallup, não víamos John McCain a ultrapassar Barack Obama nos estudos à escala nacional de intenção de voto nas eleições presidenciais norte-americanas. Se por um lado se verifica aqui o efeito natural do impacte da convenção republicana (Obama havia sentido igual impulso na semana passada, na sequência do histórico discurso de aceitação na convenção democrata), por outro assinale-se o retomar de fôlego da candidatura de McCain, sobretudo graças a uma postura que sublinhou a crítica ao caminho tomado pelo partido nos últimos anos (leia-se administração Bush) e, acima de tudo, a brisa “fresca” de chegou do Alasca na forma da candidata a vice-presiente Sarah Palin. Cativou o americano médio, rural, conservador. E trouxe o entusiasmo da novidade... Obama está em campanha há 19 meses e esta semana o embate com a “revelação” Palin deu sinais de desgaste. Inteligentemente, os democratas não agiram até ontem. Estivemos nestes últimos dias em pleno efeito directo do impacte da convenção republicana e nada o podia contrariar. Mas, estrategicamente, com a nova semana iniciada, está na hora de retomar a campanha. Ou então o desejo de “mudança” não sai dos cartazes...
Barack Obama: 44%
John McCain: 49%
PS. A Rasmussen publica, na sondagem de ontem à tarde, um valor que sugere empate técnico, com 48 por cento para McCain e 47 para Obama.
O entusiasmo
Uma outra sondagem regular da Gallup (efectuada semanalmente) mede o “entusiasmo” do eleitorado regularmente ligado aos dois partidos. A 31 de Agosto os democratas somavam 61% de entusiasmo contra 42% dos republicanos, A 7 de Setembro, o entusiasmo republicano subiu para 60%. Mas, curiosamente, do democrata trepou mais ainda, e está agora nos 67%.