sábado, setembro 06, 2008

Marguerite Duras enquanto diva

Recentemente, nos EUA, a editora The New Press lançou traduções de três livros de Marguerite Duras (1914-1996). A esse propósito, nas páginas de The New York Review of Books, Edmund White publicou um belo texto intitulado 'In love with Duras'. É um daqueles ensaios tipicamente anglo-saxónicos que se desenvolve segundo uma lógica "descritiva", quase biográfica, ao mesmo tempo que vai construindo uma imagem, tão detalhada quanto recheada de contradições, da pessoa retratada. Sublinhando as marcas indeléveis que ela deixou na literatura e no cinema francês, conclui com esta deliciosa sugestão: "Elisabeth Schwarzkopf disse uma vez que para se ser uma cantora de ópera de sucesso é preciso possuir uma voz original e cantar muito alto. Por esse padrão, Marguerite Duras foi, de facto, uma grande diva."
Também no site de The New York Review of Books, na zona de podcasts, vale a pena escutar uma conversa de Edmund White, com Sasha Weiss, desvendando uma série de detalhes sobre a convulsiva existência de Duras.