Editado há 25 anos, no Verão de 1983, Tour De France começou por ter vida relativamente discreta (em comparação com os triunfos expressivos dos álbuns e singles editados pelos Kraftwerk entre 1974 e 1981). O tempo fez contudo desta canção um dos clássicos maiores da discografia do grupo alemão e é talvez o tema do seu catálogo que conheceu mais remisturas e edições distintas. Ao primeiro single, de 1983, juntou-se um segundo, com nova remistura por François Kevorkian, em Agosto de 1984, então editado como Tour De France (remix). Em 1999, a anteceder o álbum que assinalou o regresso aos inéditos do grupo após mais dez anos de silêncio, Tour de France conheceu novas versões, entre as quais remisturas editadas em single e ainda uma nova abordagem, quase na forma de suite em três partes, incluída depois no álbum. A canção, depois do tom sombrio do álbum Computer Love (1981), assinalava em 1983 um reencontro dos Kraftwerk com a celebração dos prazeres da vida, nomeadamente o gosto pelo ciclismo, partilhado entre os elementos da banda. São frequentes relatos da época que falam de passeios, de bicicleta, pelos quatro músicos, depois de um dia de trabalho nos seus estúdios em Dusseldorf. Tour de France é, na sua versão original, um single sem representação no alinhamento de um álbum. Na verdade, era uma das quatro canções previstas para o álbum (nunca editado) Techno Pop, no qual o grupo trabalhava desde 1982 mas que foi alvo de adiamentos e transformações, acabando as restantes três canções do lote inicial por surgir, em versões substancialmente diferentes, no álbum Electric Café, de 1986. Aqui fica a memória de Tour de France, numa remistura (pelos próprios Kraftwerk), de 1984.
Este é o teledisco original que acompanhava a canção nos singles de 1983 e 84, resgatando imagens de arquivo da Volta a França em Bicicleta. Este mesmo filme foi usado depois como pano de fundo à intepretação da versão original de Tour de France na mais recente digressão dos Kraftwerk.