Não foi por acaso que, há poucas semanas, a revista Time dedicava uma página inteira a um novo museu lisboeta. Trata-se do Museu do Oriente, “casa” daquela que deverá ser uma das mais completas colecções de cultura asiática neste momento em exposição na Europa. O museu centra, para já, a sua identidade em duas magníficas exposições permanentes. Uma delas, no piso 1, recorda a vastidão da expansão marítima, evocando marcos da presença portuguesa na Ásia. É desta exposição a montra de máscaras timorenses que ilustra este post. Um piso acima, outra exposição permanente, Deuses da Ásia, revela a grande variedade de credos, altares e trajes rituais das religiões asiáticas. No piso 0, a mostra Máscaras da Ásia completa o espaço expositivo. Convém realçar, além das colecções em si, a atitude museológica expressa no museu. Informação suficiente (nunca excessiva), disponível em vários níveis de leitura, belíssima iluminação (que deixa os espaços de passagem na penumbra insistindo antes na focagem das peças e textos) e um design de interiores que vinca interessante contraste entre a variedade de formas, cores e épocas da colecção e as linhas e tons de um edifício radicalmente transformado no seu interior. Recorde-se que, durante anos, este mesmo espaço acolheu um dos maiores armazéns frigoríficos de Lisboa. Restaurante acolhedor no piso 5. Loja simpática, com mais “recuerdos” e boas ideias para presentes que livros (aqui a oferta é mesmo muito aquém do esperado).
O Museu do Oriente mora na Avenida Brasília, na Doca de Alcântara, perto do local onde a Av Infante Santo desemboca na 24 de Julho. Entre as docas e o Blues Café, para os mais dados às noites junto ao rio... Horário diário das 10.00 às 18.00 (às sextas aberto até às 22.00, com acesso gratuito depois das 18.00). Fecha às terças feiras.