Símbolo da produção cinematográfica do Egipto, e o mais interna-cional dos seus autores, Youssef Chahine faleceu no Cairo, no dia 27 de Julho de 2008. Nascido em Alexandria, a 25 de Janeiro de 1926, manteve-se em actividade até há muito pouco tempo: a sua derradeira longa-metragem, Heyda Fawda (título inglês: This Is Chaos), concorreu no Festival de Veneza de 2007.
Nascido numa família cristã, com formação universitária repartida entre Alexandria e Londres, tendo ainda seguido um curso de arte dramática nos EUA, Chahine reflectiu na sua obra as clivagens religiosas e sociais do seu próprio país, num tom que, muitas vezes, combinava a abordagem histórica com a fantasia poética. No circuito comercial português, vimos o seu trabalho pela última vez através do filme de episódios sobre o 11 de Setembro, 11’09’’01 – 11 Perspectivas. Em 2007, foi também um dos autores de Chacun son Cinéma, filme comemorativo da 60ª edição do Festival de Cannes.
Com muitas componentes autobiográficas, a obra de Chahine pode ser lida como uma permanente e dialéctica visão crítica da história do Egipto — um dos casos exemplares de tal atitude é Iskanderija... lih? (Alexandria... Why?), produção de 1978 centrada na odisseia de um jovem egípcio que, em plena Segunda Guerra Mundial, quer emigrar para a Califórnia e tornar-se um cineasta.
>>> Site oficial de Youssef Chahine.
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Este é um extracto do episódio de Youssef Chahine em 11'09"01 — 11 Perspectivas.