Chama-se "Viva a cultura!" e propõe-se como um espaço de amplo debate sobre as grandes questões e interrogações da vida cultural contemporânea. O forum organizado pelo jornal francês Libération terá lugar no próximo fim de semana, em Paris, no Teatro Nanterre-Amandiers, com participantes e temas tão interessantes quanto estes que aqui se destacam:
— Jean Goussens e Peter Sellars: O teatro, um instrumento político?
— Jean Daniel e Philippe Verdin: Pode haver uma santidade sem Deus?
— Véronique Cayla e Paulo Branco: Há um produtor na sala?
— Denis Guenouin e Bernard-Henri Lévy: Profano ou sagrado?
— Henri Guaino e Philippe Sollers: Existe uma transcendência republicana?
— David Kessler e Alain Sebain: A arte e o grande público são compatíveis?
— Michel Duffour e Jean-Marie Songy: A quem pertence a rua?
Em termos globais, trata-se de repensar as relações entre o espaço cultural e o trabalho dos políticos. Assim se diz no texto de apresentação do forum: "É certo que a cultura permanece no centro da acção política e, em França, o Estado está sempre presente ao lado dos artistas. Mas os avanços da lógica liberal à escala mundial fazem recear uma mercantilização geral da criação, enquanto o apagamento das referências colectivas faz pesar a ameaça de uma desagregação relativista, individual ou tribal dos movimentos culturais, ao mesmo tempo que o poder dos mecenas contemporâneos reaviva o espectro de uma censura insidiosa dos artistas."
Nos próximos dias será um assunto forte, também nas páginas do Libération — à suivre.
Nos próximos dias será um assunto forte, também nas páginas do Libération — à suivre.