Não dá para acreditar!!!...
... Mas é um facto absolutamente chocante: estas são as primeiras páginas de hoje, dia 30 de Junho de 2008, dos três principais diários desportivos portugueses. Já sabíamos que, depois da histe-ria "patriótica" em torno da selecção portuguesa, a imprensa despor-tiva reduzira o Euro 2008 a um acontecimento irrelevante — basta recordar o que tinha acontecido ontem. Seja como for, ninguém poderia imaginar que a indiferença chegasse a este ponto: três modestíssimas chamadas de capa para aquele que é o maior evento futebolístico do continente europeu e, objectivamente, o segundo maior do mundo. Veja-se, por contraste, o que faz um jornal de referência no mundo do jornalismo desportivo, para mais de um país (França) cuja selecção nem sequer foi além da fase de grupos.
Assim vai agonizando um espaço fundamental, não apenas do jornalismo, mas da cultura popular — a imprensa desportiva —, transformando os seus leitores em corretores imaginários dos negócios dos empresários do futebol... E não se julgue que se trata de "hierarquizar" jornais e jornalistas entre "sérios" e "fúteis", muito menos de julgar as competências seja de quem for. Trata-se, isso sim, de perguntar o que pensa a classe jornalística desta perda dos mais simples, e também mais nobres, valores editoriais.
... Mas é um facto absolutamente chocante: estas são as primeiras páginas de hoje, dia 30 de Junho de 2008, dos três principais diários desportivos portugueses. Já sabíamos que, depois da histe-ria "patriótica" em torno da selecção portuguesa, a imprensa despor-tiva reduzira o Euro 2008 a um acontecimento irrelevante — basta recordar o que tinha acontecido ontem. Seja como for, ninguém poderia imaginar que a indiferença chegasse a este ponto: três modestíssimas chamadas de capa para aquele que é o maior evento futebolístico do continente europeu e, objectivamente, o segundo maior do mundo. Veja-se, por contraste, o que faz um jornal de referência no mundo do jornalismo desportivo, para mais de um país (França) cuja selecção nem sequer foi além da fase de grupos.
Assim vai agonizando um espaço fundamental, não apenas do jornalismo, mas da cultura popular — a imprensa desportiva —, transformando os seus leitores em corretores imaginários dos negócios dos empresários do futebol... E não se julgue que se trata de "hierarquizar" jornais e jornalistas entre "sérios" e "fúteis", muito menos de julgar as competências seja de quem for. Trata-se, isso sim, de perguntar o que pensa a classe jornalística desta perda dos mais simples, e também mais nobres, valores editoriais.
Acima de tudo: o que pensam os jornalistas desportivos quando, através de inequívocas escolhas escritas e iconográficas, vêm dizer aos seus leitores, sem qualquer ambiguidade, que o Euro foi coisa sem importância... Ironicamente (mas é uma ironia que magoa), foram os outros jornais a prestar o mais básico serviço público, dando ao jogo da final o destaque que se impunha.
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