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Um olhar pelo levantamento de mercado em 2007 revelado há dias pela Associação Fonográfica Portuguesa mostra valores em crescimento nas vendas de música portuguesa, que no último ano atingem 32 por cento da facturação total, um valor claramente superior ao que se verificava há alguns anos. O mercado é ainda dominado pelo repertório internacional (42,4 %), representando a música portuguesa, hoje, a segunda maior força de vendas no mercado nacional, acima das compilações (21,6 %), repertório regional (7,18 %) e música clássica (3,57 %). Nas vendas de música portuguesa em full price (ou seja, os novos lançamentos), que somam em conjunto 1 127 622 unidades, 53% das vendas correspondem a discos de pop/rock. Seguem-se as vendas de música ligeira (20%, número expressivo, que traduz parte do efeito “música de telenovelas” e os sucessos dos cantores ditos “românticos”), fado (9%), música infantil (5,9%), hip hop (5,7%) e jazz e blues (1,72%). A clássica e a dance music de produção nacional não vão além dos 0,1%. Há ainda “outros” géneros a ter em conta, somando as vendas destes pouco mais de 3% do total da música portuguesa.
Por formatos, o mercado é dominado pelo CD, que representa 85,3% do total de 7 904 025 unidades vendidas (áudio e audiovisual). Face a 2006 o CD cai 8%. Maior é a quebra do DVD musical, com menos 21,7% de unidades vendidas que em 2006. Por editoras a facturação fez da Sony BMG a mais bem sucedida, conquistando 18,65 da quota de mercado. Seguem-se a Universal (18,27), EMI (14,85), Farol (12,68), Som Livre (10,98), Vidisco (8,05), Warner (7,06), Espacial (6,32), EDLP (1,74), Ovação (1,18) e Zona Música (0,22).
PS. Versão editada a partir de texto publicado na edição do DN de 6 de Abril.