
Vale a pena "transcrever" um álbum de estúdio para as "imperfeições" de um ambiente
ao vivo? As respostas possíveis são muitas, como é óbvio, e poderão ir da desilusão à extrema surpresa. Concretizemos, então. Suponhamos que o álbum é o belíssimo e enigmático
Ma Fleur, de
The Cinematic Orchestra. E acrescentemos que o lugar escolhido poderá ser o
Royal Albert Hall, em Londres. Digamos, então, que se desvanece qualquer oposição "tradicional" entre estúdio e palco. Digamos, sobretudo, que os resultados —
Live at the Royal Albert Hall — possuem a delicadeza e o mistério de um verdadeiro ritual. Para refazer
Ma Fleur, a banda de Jason Swinscoe contou com as vozes do próprio álbum: Fontella Bass, Patrick Watson e Lou Rhodes. Pelo meio, aparecem ainda dois temas de
Every Day (2002) e um de
Man with the Movie Camera (2003). Em resumo: um objecto para inscrever nos tops de 2008.