Era assim na época gloriosa do music-hall — este é o salão de uma das mais lendárias salas de espectáculos de Nova Iorque, o Roseland Ballroom. No dia 30 de Abril, vai servir de palco ao primeiro espectáculo de Madonna logo após o lançamento de Hard Candy (dia 29, nos EUA; um dia antes no resto do mundo).
Assim se confirma uma hipótese há muito (desde a Drowned World Tour, para sermos mais exactos) latente na evolução de Madonna. Ou seja: a experimentação de recintos mais reduzidos, por certo gerando novas soluções de canto e mise en scène. Mais do que isso: confirmando também a dimensão visionária de uma entertainer que não segue tendências, mas as anuncia, o concerto terá um feeling de futurismo retro, já que resultará também de uma peculiar aliança de entidades ligadas às convulsões tecnológicas do mundo em que vivemos. Mais exactamente, são estes os seus promotores:
— Control Room, a mais poderosa produtora de espectáculos do mundo, responsável pelo Live Earth — porque está em jogo uma nova estratégia de produção/difusão da música;
— Verizon Wireless, um dos maiores conglomerados de telecomunicações, com 65 milhões de assinantes — porque se trata de estabelecer laços com o novo mundo digital;
— Microsoft Newtwork — porque... sim.