Sean Young: foi, por certo, a promessa de estrela que Blade Runner (1983) anunciou, mas não se cumpriu (o protagonista Harrison Ford era já um nome consagrado por A Guerra das Estrelas e o primeiro Indiana Jones, Os Salteadores da Arca Perdida). A boa notícia é que é possível rever o filme como muitos espectadores mais jovens nunca o viram. A saber: não na magia digital do DVD, mas num... ecrã de cinema. Para comemorar os seus 25 anos, Blade Runner volta às salas escuras (na versão aprovada pelo seu realizador, Ridley Scott), confirmando o balanço ambíguo em que o cinema passou a viver — ou seja, entre a acessibilidade universal do DVD e o fascínio primitivo do grande ecrã. Mais do que um título de referência na ficção científica cinematográfica e na evolução as técnicas de efeitos especiais, Blade Runner é um símbolo exacto dessa vocação original do cinematógrafo: ser maior que a vida.