Ainda antes de acabar o dia 25 de Março de 2008 — vale a pena recordar que, nesta mesma data, há 100 anos, nasceu um dos mestres do cinema clássico inglês, ou melhor, de uma certa ideia de classicismo inglês: David Lean (falecido a 16 de Abril de 1991) foi uma das mais puras encarnações de uma visão épica — epicamente humana, entenda-se — do trabalho cinematográfico, materializada em títulos como Lawrence da Arábia (1962), Doutor Jivago (1965) ou ainda no derradeiro e muito subestimado Passagem para a Índia (1984). Neste tempo em que tanta gente confunde a disparatada proliferação de "efeitos especiais" com a verdade específica do cinema, a obra de Lean ensina-nos a olhar a pluralidade do género humano e, mais do que isso, a admirar a enigmática sensualidade da arte da narrativa.
> Entrevista (1966) na BBC.
> Biografia em Screenonline.
> Artigo de Alain Silver em Senses of Cinema.
terça-feira, março 25, 2008
David Lean: a arte da narrativa
— rodagem de A Filha de Ryan (1970)