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Berri filma a relação acidentada entre dois jovens, relação essa atravessada pelo facto de ele, cozinheiro num restaurante, ter que dividir o seu tempo entre o trabalho e os cuidados que a sua avó (a lendária e maravilhosa Françoise Bertin) necessita. Ao encenar os sobressaltos gerados pelo envelhecimento, Berri (n. 1934) retoma a herança do melodrama francês, num jogo que oscila sempre entre o gosto do realismo mais sóbrio e uma delicada e, por assim dizer, metódica sensualidade — como é óbvio, a memória do cinema de Jean Renoir está sempre presente.
Na sua dupla condição de produtor/realizador (e ainda muitas vezes argumentista e actor), Berri tem sido um militante defensor de um conceito plural de cinema, capaz de abraçar o produto genuinamente popular e também o filme de assumida experimentação formal. Entre os filmes que ele já produziu, lembremos apenas três casos emblemáticos: o romanesco de Tess (1979), de Roman Polanski, a aventura de O Urso (1988), de Jean-Jacques Annaud, e o fôlego trágico de A Rainha Margot (1994), de Patrice Chéreau. Além do mais, importa não esquecer que ele é o realizador do díptico Jean de Florette/Manon des Sources (1986), baseado em Marcel Pagnol.
Na sua dupla condição de produtor/realizador (e ainda muitas vezes argumentista e actor), Berri tem sido um militante defensor de um conceito plural de cinema, capaz de abraçar o produto genuinamente popular e também o filme de assumida experimentação formal. Entre os filmes que ele já produziu, lembremos apenas três casos emblemáticos: o romanesco de Tess (1979), de Roman Polanski, a aventura de O Urso (1988), de Jean-Jacques Annaud, e o fôlego trágico de A Rainha Margot (1994), de Patrice Chéreau. Além do mais, importa não esquecer que ele é o realizador do díptico Jean de Florette/Manon des Sources (1986), baseado em Marcel Pagnol.