Em actividade desde os anos 90, Stephan Oliva é um pianista francês com uma trajectória jazzística que vai desde os registos a solo até à participação em diversos agrupamentos (por exemplo, com Bruno Chevillon e Paul Motian no magnífico Intérieu Nuit, 2002), passando por colaborações com Susanne Abbuehl e Hanna Schygulla, ou ainda um álbum (Coïncidences, 2005) inspirado na obra literária de Paul Auster.
Na prática de Stephan Oliva, Bernard Herrmann (1911-1975) sempre foi uma referência fundamental. Na obra do compositor de filmes como Citizen Kane (1941), de Orson Welles, Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock, ou Taxi Driver (1976), de Martin Scorsese, ele encontrou as bases de uma harmonia paradoxal que, por assim dizer, encontra a sua máxima depuração na solidão do piano. É o que acontece agora, justamente, no álbum Ghosts of Bernard Herrmann, conjunto de 11 exercícios para piano solo a partir de alguns dos temas fundamentais de Herrmann, incluindo o Noturno de The Ghost and Mrs. Muir/O Fantasma Apaixonado (1947), de Joseph L. Mankiewicz, a Suite de Psico (1961), de Alfred Hitchcock, ou o Prelúdio de Obsessão (1976), de Brian De Palma. Mais do que um tributo, trata-se de uma prova real da perenidade das melodias de Herrmann, isto é, da sua espantosa maleabilidade formal — através do piano de Stephan Oliva descobrimos um Herrmann surpreendentemente jazzístico, primitivo, sempre moderno.
Na prática de Stephan Oliva, Bernard Herrmann (1911-1975) sempre foi uma referência fundamental. Na obra do compositor de filmes como Citizen Kane (1941), de Orson Welles, Vertigo (1958), de Alfred Hitchcock, ou Taxi Driver (1976), de Martin Scorsese, ele encontrou as bases de uma harmonia paradoxal que, por assim dizer, encontra a sua máxima depuração na solidão do piano. É o que acontece agora, justamente, no álbum Ghosts of Bernard Herrmann, conjunto de 11 exercícios para piano solo a partir de alguns dos temas fundamentais de Herrmann, incluindo o Noturno de The Ghost and Mrs. Muir/O Fantasma Apaixonado (1947), de Joseph L. Mankiewicz, a Suite de Psico (1961), de Alfred Hitchcock, ou o Prelúdio de Obsessão (1976), de Brian De Palma. Mais do que um tributo, trata-se de uma prova real da perenidade das melodias de Herrmann, isto é, da sua espantosa maleabilidade formal — através do piano de Stephan Oliva descobrimos um Herrmann surpreendentemente jazzístico, primitivo, sempre moderno.