Nome emblemático do expressionismo alemão, Fritz Lang (1890-1976) foi convidado, em 1933, por Joseph Goebbels, para liderar o novo estúdio de produção que estava a ser montado pelo regime nazi — consciente das consequências do facto de possuir ascendência judaica, foi quanto bastou para que Lang saísse da Alemanha, cumprindo uma passagem breve pela França (onde rodou Liliom, em 1934), para depois se afirmar em Hollywood, transformando-se num dos autores de referência do classicismo americano.
Acaba de chegar ao mercado do DVD, precisamente um dos filmes de génio desse período: O Segredo da Porta Fechada (1948), com Joan Bennett e Michael Redgrave, uma espécie de melodrama virado do avesso que reflecte a "moda" das intrigas psicanalíticas (por exemplo, Spellbound/A Casa Encantada, de Alfred Hitchcock, é de 1945), ao mesmo tempo que relança o cepticismo moral de Lang e a sua fria contemplação da obstinação do Mal.
A edição tem um extra precioso a valorizá-la: nada mais nada menos que uma entrevista com o próprio Lang, realizada cerca de um ano antes do seu falecimento — o entrevistador é William Friedkin, na altura um dos nomes mais fortes da produção americana, com dois enormes sucessos consecutivos: The French Connection/Os Incorruptíveis contra a Droga (1971) e O Exorcista (1973).
A edição tem um extra precioso a valorizá-la: nada mais nada menos que uma entrevista com o próprio Lang, realizada cerca de um ano antes do seu falecimento — o entrevistador é William Friedkin, na altura um dos nomes mais fortes da produção americana, com dois enormes sucessos consecutivos: The French Connection/Os Incorruptíveis contra a Droga (1971) e O Exorcista (1973).