David Mamet anda em grande actividade. Podemos, aliás, acompanhar alguns dos magníficos resultados do seu trabalho através da série The Unit, a passar no canal Fox, com o título A Unidade (terças-feiras, 21h40) e na RTP1, com o título Unidade Especial (sábados, 16h15) — é uma espantosa visão de um comando especial de combate ao terrorismo, com as famílias e, em particular, as mulheres dos soldados a adquirir um importante papel dramático.
Entretanto, no espaço de poucos meses, Mamet lançou dois livros, um dos quais — Bambi vs. Godzilla (Pantheon) — se arrisca a transformar-se num clássico sobre os bastidores de Hollywood. Mais do que uma abordagem dos mecanismos de produção na era dos "executivos" (por oposição aos criativos da era clássica do cinema americano), Mamet propõe uma deambulação pelos diversos momentos de fabricação/difusão de um filme, vistos a partir da sua experiência de autor e, em particular, da sua trajectória como argumentista. Com um misto de gravidade e sarcasmo, este é um fantástico exercício de prospecção e análise crítica.
O outro livro de Mamet — The Wicked Son (Schocken) — aponta numa direcção bem diferente, enfrentando os sinais do anti-semitismo, não apenas em função dos outros, mas a partir do interior. Que é como quem diz: Mamet sublinha o modo como as ideias, as ideologias e os sentimentos contra os judeus são, não poucas vezes, gerados no interior das próprias comunidades judaicas, alimentados pela perversidade dos filhos que banalizam ou renegam as suas raízes culturais. É, muito literalmente, um livro provocador, admirável na sua capacidade de discutir lugares-comuns e ideias (mal) feitas.
Finalmente, em matéria de cinema, Mamet está a rodar Redbelt, história que ele próprio escreveu sobre um professor de artes marciais japonesas (e, mais especificamente, de "jiu-jitsu"), em Los Angeles, interpretado por Chiwetel Ejiofor (Estranhos de Passagem, Melinda e Melinda, Infiltrado). O elenco inclui ainda, entre outros, Tim Allen, Emily Mortimer e Joa Mantegna — a estreia está prevista apenas para 2008.
Entretanto, no espaço de poucos meses, Mamet lançou dois livros, um dos quais — Bambi vs. Godzilla (Pantheon) — se arrisca a transformar-se num clássico sobre os bastidores de Hollywood. Mais do que uma abordagem dos mecanismos de produção na era dos "executivos" (por oposição aos criativos da era clássica do cinema americano), Mamet propõe uma deambulação pelos diversos momentos de fabricação/difusão de um filme, vistos a partir da sua experiência de autor e, em particular, da sua trajectória como argumentista. Com um misto de gravidade e sarcasmo, este é um fantástico exercício de prospecção e análise crítica.
O outro livro de Mamet — The Wicked Son (Schocken) — aponta numa direcção bem diferente, enfrentando os sinais do anti-semitismo, não apenas em função dos outros, mas a partir do interior. Que é como quem diz: Mamet sublinha o modo como as ideias, as ideologias e os sentimentos contra os judeus são, não poucas vezes, gerados no interior das próprias comunidades judaicas, alimentados pela perversidade dos filhos que banalizam ou renegam as suas raízes culturais. É, muito literalmente, um livro provocador, admirável na sua capacidade de discutir lugares-comuns e ideias (mal) feitas.
Finalmente, em matéria de cinema, Mamet está a rodar Redbelt, história que ele próprio escreveu sobre um professor de artes marciais japonesas (e, mais especificamente, de "jiu-jitsu"), em Los Angeles, interpretado por Chiwetel Ejiofor (Estranhos de Passagem, Melinda e Melinda, Infiltrado). O elenco inclui ainda, entre outros, Tim Allen, Emily Mortimer e Joa Mantegna — a estreia está prevista apenas para 2008.