Quando se vê o trailer do novo jogo de vi-deo referente a Harry Potter e a Ordem da Fénix [no final deste post], compreende-se porque é que o seu homónimo cinema-tográfico não passa de um longo bocejo, literalmente sem vida, sem corpos, sem uma emoção genuinamente humana. Por-quê? Porque já não é o jogo que recria o fil-me — o filme é que passou a existir como uma "imitação" do jogo, dos seus cenários afunilados e das suas personagens de movimentos mais ou menos engasgados.
Daí o reconhecimento que se renova: Harry Potter já não pertence ao mundo do cinema, é apenas um aparato digital que se reivindica de uma outra genealogia figurativa que, literalmente, ocupou o cinema, impondo as suas leis mecânicas e o seu menosprezo pela arte da narrativa. Na sua vacuidade dramática e também na sua mediocridade dramatúrgica, Harry Potter e a Ordem da Fénix não chega a ser um mau filme — em boa verdade, já não é um filme.
Daí o reconhecimento que se renova: Harry Potter já não pertence ao mundo do cinema, é apenas um aparato digital que se reivindica de uma outra genealogia figurativa que, literalmente, ocupou o cinema, impondo as suas leis mecânicas e o seu menosprezo pela arte da narrativa. Na sua vacuidade dramática e também na sua mediocridade dramatúrgica, Harry Potter e a Ordem da Fénix não chega a ser um mau filme — em boa verdade, já não é um filme.