Bom, não era exactamente a "sua" banda. Mas Philip Glass co-produziu, com Kurt Munkacsi (o seu parceiro técnico de sempre), e tocou teclados nos dois álbuns da curta, mas saborosa, discografia dos Polyrock. Poly quê? Os Polyrock foram uma das muitas bandas da geração pós-punk nova iorquina. Surgiram em 1978, sob o comando do ex-Model Citizen Billy Robertson. Apesar de então frequentemente comparados com os Talking Heads, optaram sempre por uma postura musical de contaminação reduzida, minimalista, ritmica e melodicamente arrumada numa arquitectura de sons em tudo próxima da obra à época de Philip Glass. Não admira, portanto, que este tenha acedido em colaborar activamente nos seus díscos. Glass toca teclados adicionais nos dois álbuns da banda, assim como tem protagonismo, ao piano, no tema Bucket Rider (ver teledisco mais abaixo), um dos singles extraídos do álbum de estreia, em 1980. Todavia, Glass não surge nas imagens. A banda teve vida curta, limitando a sua existência a dois álbuns esteticamente próximos entre si, nomeadamente Polyrock (1980, cuja capa ilustra o post) e Changing Hearts (1981), ambos editados pela RCA. Em 1982 editaram o EP Above The Fruited Plain e, em 1986, a sua derradeira edição, No Love Lost, corresponde a uma colecção de inéditos. Este ano a Sony BMG reeditou os dois álbuns de originais do grupo. Reedições discretas, sem textos nos booklets, sem extras, sem apoio de marketing... Aqui fica a contribuição Sound + Vision, com Bucket Rider, de 1980: