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Entre os mais de 50 candidatos à
Memória do Mundo da Unesco, que visa a construção de um património documental contra uma certo perigo de amnésia que é tão característico da sociedade actual, contam-se obras como o filme de Victor Fleming
O Feiticeiro de Oz (1939), os arquivos de Ingmar Bergman, a tapeçaria de Bayeux (França) ou os registos pessoais de Leibniz. Portugal candidatou o Corpo Cronológico (um conjunto de manuscritos dos séculos XV e XVI) e, juntamente com Espanha, o Tratado de Tordesilhas. A Memória do Mundo surgiu de uma iniciativa lançada em 1992 com vista à preservação de memórias da humanidade, traduzindo uma consciência colectiva que toma o património documental como reflexo da diversidade das línguas, povos e culturas, vendo-o, de certa forma, como um espelho do próprio mundo. Desde 1996 a Unesco tem já registada como Memória do Mundo a
9ª Sinfonina de Beethovem, as colecções de Schubert e Brahms, os arquivos de múysica tradicional chinesa e de música judaica ucraniana, os filmes dos irmãos Lumière, os clássicos
Metropolis de Friz Lang e
Los Olvidados de Buñuel e a Carta de Pêro Vaz de Caminha ao rei D. Manuel I, relatando a descoberta do Brasil.