Esta imagem pertence a
La Jetée (1962), de Chris Marker, um dos mais belos e persistentes enigmas, não apenas dos tempos heróicos da Nova Vaga francesa, mas em boa verdade de toda a história do cinema. A sua condição de filme "sem" movimento — são 28 minutos de montagem de imagens fotográficas — confere-lhe uma dimensão estranhamente realista, paradoxalmente onírica, e tanto mais que a sua "história" (narrada pela voz
off de Jean Négroni) nos remete para os cenários de um Paris pós-apocalíptico.
Tanto bastaria para transformar Marker (n. 1921) num
autor que importa ver, rever e
redescobrir. Agora, a excelente Criterion Collection anuncia o lançamento de
La Jetée em
DVD, numa cópia restaurada, e incluindo ainda outro título marcante da filmografia do autor:
Sans Soleil (1983), ambíguo e fascinante exercício
quase-documental, premonitório de algumas experiências narrativas que marcam a nossa actualidade. Entre os extras, inclui-se uma entrevista com o realizador, conduzida por
Jean-Pierre Gorin, nos anos 60/70 aliado de Jean-Luc Godard no âmbito de um colectivo artístico a que deram o nome de "Grupo Dziga Vertov".
Esta imagem pertence a La Jetée (1962), de Chris Marker, um dos mais belos e persistentes enigmas, não apenas dos tempos heróicos da Nova Vaga francesa, mas em boa verdade de toda a história do cinema. A sua condição de filme "sem" movimento — são 28 minutos de montagem de imagens fotográficas — confere-lhe uma dimensão estranhamente realista, paradoxalmente onírica, e tanto mais que a sua "história" (narrada pela voz off de Jean Négroni) nos remete para os cenários de um Paris pós-apocalíptico.
Tanto bastaria para transformar Marker (n. 1921) num autor que importa ver, rever e redescobrir. Agora, a excelente Criterion Collection anuncia o lançamento de La Jetée em DVD, numa cópia restaurada, e incluindo ainda outro título marcante da filmografia do autor: Sans Soleil (1983), ambíguo e fascinante exercício quase-documental, premonitório de algumas experiências narrativas que marcam a nossa actualidade. Entre os extras, inclui-se uma entrevista com o realizador, conduzida por Jean-Pierre Gorin, nos anos 60/70 aliado de Jean-Luc Godard no âmbito de um colectivo artístico a que deram o nome de "Grupo Dziga Vertov".