quarta-feira, junho 20, 2007

Glass: como num espelho

PHILIP GLASS
Música de Philip Glass

Edição de Robert T. Jones
Prefácio e discografia de Nuno Galopim
Tradução de Vasco Gato
Edições Quasi
Junho 2007

Os visitantes regulares deste blog sabem das incuráveis doenças pop (e vírus afins) dos respectivos autores. Nada a fazer. Gostamos de escritoras de livros infantis nascidas na América, para mais convertidas ao british way of life; além disso, os visitantes de Marte têm sempre a porta aberta, já que reconhecemos a sua excelência nas artes do sound & vision (e se não sabe do que estamos a falar, não leve a mal, mas talvez esteja no blog errado...).
Isto para lembrar outra das nossas militâncias: a do mestre Philip Glass, senhor de radiosos 70 anos, sem tempo nem paciência para as divisões mais conformadas e conformistas entre música "séria" e música "ligeira". O Nuno, em particular, não esquece o modo como, em momento marcante das suas opções profissionais, Glass lhe ofereceu um espelho que passou a contemplar com paciência, obstinação e fascínio — é o próprio Nuno que se define como “um jornalista que hoje o é porque, um dia, o álbum Songs From Liquid Days [1986] fez a diferença”. Tais palavras estão no prefácio do livro Música de Philip Glass, já disponível nas livrarias, uma excelente via de entrada no universo criativo de Glass, em particular através de obras como Einstein on the Beach, Satyagraha e Akhnaten. Atenção ao trabalho complementar do prefaciador: uma discografia exaustiva, que não esquece algumas recentíssimas edições, para já apenas disponíveis para download.