
* 1, espectacular — porque se trata, obviamente, de garantir a máxima das máximas — the show must go on —, sem prejuízo de isso funcionar como mecanismo de metódico desmantelamento de todas as ilusões.
* 2, transfigurador — porque Robbie surge como uma Material Girl burlesca (de um burlesco que nasce, não do excesso da caricatura, mas da paradoxal contenção com que dá uma entrevista); porque essa cantora se despe e transforma em... Robbie Williams; enfim, porque entre ambos se desenha uma espécie de coincidência impossível, genuinamente poética. E tanto mais quanto na canção se canta este cruel refrão:
I love you baby
but face it she's Madonna
No man on earth
could say that he don't want her
This look of love
says I'm leaving
you're frozen now
I've done the freezing
I'm walking out
Madonna's calling me
but face it she's Madonna
No man on earth
could say that he don't want her
This look of love
says I'm leaving
you're frozen now
I've done the freezing
I'm walking out
Madonna's calling me
* 3, de uma tristeza tocante — porque tudo se passa como, se para além do sexo (ou através dele), já ninguém tivesse um lugar de partilha, ou pudesse protagonizar uma entrega, seja com quem for; porque, enfim, tudo nos fala da intensidade do(s) desejo(s) e, no final, todos parecem estar mais sós.
No frondoso (e também saturado) território dos telediscos, She's Madonna (realização de Johan Renck) é, talvez, a primeira obra-prima de de 2007. Para ver e rever.
No frondoso (e também saturado) território dos telediscos, She's Madonna (realização de Johan Renck) é, talvez, a primeira obra-prima de de 2007. Para ver e rever.