Há pelo menos uma geração de espectadores para quem Peter O'Toole é sinónimo de fascínio humano e esplendor cinemato-gráfico. Razões para isso? Basta uma: chama-se Lawrence da Arábia (1962) e é uma das obras-primas com que David Lean (1908-1991) marcou para sempre a história do cinema. Nascido em 1932, O'Toole tem uma carreira de altos (alguns) e baixos (demasiados) que não faz justiça à sua condição de bicho cinematográfico, capaz de submeter a câmara à sua pose e ao seu olhar.
Seja como for, este ano O'Toole "está" na corrida para os Oscars, com o filme Venus, uma história sobre a amizade de dois velhos actores e a perturbação que lhes traz a chegada da jovem sobrinha de um deles. É essa, pelo menos, a dedução resultante dos muitos elogios suscitados pela sua performance e também da nomeação obtida para o Globo de Ouro de melhor actor (drama). Podemos ouvi-lo numa entrevista dada à rádio pública americana (NPR), elogiando em particular o argumento que Hanif Kureishi escreveu para Venus, uma realização de Roger Michell. A encerrar a entrevista, Melissa Block pede-lhe para declamar um soneto de Shakespeare — ele corresponde e, no final, pergunta-lhe: "You are Melissa, aren't you?"
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Seja como for, este ano O'Toole "está" na corrida para os Oscars, com o filme Venus, uma história sobre a amizade de dois velhos actores e a perturbação que lhes traz a chegada da jovem sobrinha de um deles. É essa, pelo menos, a dedução resultante dos muitos elogios suscitados pela sua performance e também da nomeação obtida para o Globo de Ouro de melhor actor (drama). Podemos ouvi-lo numa entrevista dada à rádio pública americana (NPR), elogiando em particular o argumento que Hanif Kureishi escreveu para Venus, uma realização de Roger Michell. A encerrar a entrevista, Melissa Block pede-lhe para declamar um soneto de Shakespeare — ele corresponde e, no final, pergunta-lhe: "You are Melissa, aren't you?"