De facto, a actualidade dos prémios pré-Oscars não se faz apenas do óbvio. E a história do cinema está sempre sujeita aos mais insólitos ziguezagues. Assim, por exemplo, para a associação de críticos de cinema de Nova Iorque (New York Film Critics Circle), o melhor filme estrangeiro de 2006 tem data de produção de... 1969! É verdade: O Exército das Sombras / L'Armée des Ombres (ou ainda: Army of Shadows), a obra-prima de Jean-Pierre Melville sobre a Resistência Francesa, em 1942, só no ano passado foi lançada nos EUA. Distribuído pela Rialto Pictures, O Exército das Sombras consegue, assim um reconhecimento made in USA que talvez possa contribuir para um retorno interessado dos americanos (e não só...) a um cineasta tão fascinante como foi Jean-Pierre Melville (1917-1973), cúmplice activo da Nova Vaga e, ao mesmo tempo, espírito "não-alinhado" que deixou uma marca indelével no cinema francês do pós-guerra.sexta-feira, janeiro 19, 2007
Melville (re)descoberto nos EUA
De facto, a actualidade dos prémios pré-Oscars não se faz apenas do óbvio. E a história do cinema está sempre sujeita aos mais insólitos ziguezagues. Assim, por exemplo, para a associação de críticos de cinema de Nova Iorque (New York Film Critics Circle), o melhor filme estrangeiro de 2006 tem data de produção de... 1969! É verdade: O Exército das Sombras / L'Armée des Ombres (ou ainda: Army of Shadows), a obra-prima de Jean-Pierre Melville sobre a Resistência Francesa, em 1942, só no ano passado foi lançada nos EUA. Distribuído pela Rialto Pictures, O Exército das Sombras consegue, assim um reconhecimento made in USA que talvez possa contribuir para um retorno interessado dos americanos (e não só...) a um cineasta tão fascinante como foi Jean-Pierre Melville (1917-1973), cúmplice activo da Nova Vaga e, ao mesmo tempo, espírito "não-alinhado" que deixou uma marca indelével no cinema francês do pós-guerra.