
Esta é uma das singularidades de um conjunto de nomeações que, se outros méritos não tivesse, serviria pelo menos para desmentir a visão simplista do cinema americano como uma máquina de "grandes orçamentos & efeitos especiais". Eis algumas dessas singularidades:
* Ryan Gosling — nomeado para melhor actor através de um dos fenómenos da recente produção independente: Half Nelson, de Ryan Fleck.
* Meryl Streep — candidata a melhor actriz em O Diabo Veste Prada, tem aqui a sua 14ª nomeação (recorde absoluto entre actores e actrizes).
* Helen Mirren — nas categorias principais de interpretação (melhor actor e melhor actriz), é a única que está nomeada por um título (A Rainha) que também está na corrida para melhor filme; todos os outros nove vêm de filmes não nomeados na categoria de melhor do ano.
* Paul Greengrass — nomeado para melhor realizador por um filme (Voo 93) que não está no lote de cinco candidatos ao Oscar de melhor filme.
* Thelma Schoonmaker — candidadata ao Oscar de melhor montagem, por Entre Inimigos, de Martin Scorsese, é-o pela sexta vez (cinco delas com filmes de Scorsese).
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Os nomeados para melhor filme de 2006 são:* Babel, de Alejandro González Iñárritu
* Entre Inimigos, de Martin Scorsese
* Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood
* Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos, de Jonathan Dayton e Valerie Faris
* A Rainha, de Stephen Frears
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Entretanto, o que merece desde já um Oscar é o trailer da própria cerimónia. O cartaz, recorde-se, está feito com muitas frases célebres de diálogos de filmes — o trailer converte de forma deliciosa esse princípio.