Por vezes, muitas vezes, somos agredidos por imagens que querem dizer "tudo", envolvendo-nos e paralisando-nos com a chantagem da totalidade — vejam-se os telejornais. Por isso, outras vezes, necessitamos de imagens investidas de algum "nada", puras emanações de algo, ou alguém, coabitando sem destino, sem culpa e sem remorso com uma câmara — Bob Dylan, por exemplo, registado num teste conduzido por Andy Warhol. Foi há muito tempo, mas tem a virgindade de um momento presente. Nada a dizer.
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