Que é feito do cinema fantástico? Ou do fantástico no cinema? Digamos, necessariamente esquematizando (mas não muito...), que o género se encontra em estado comatoso: por um lado, produz-se uma quantidade imensa de títulos directa ou indirectamente ligados a temáticas ditas fantásticas; por outro lado, a julgar por uma parte significativa dos exemplos, predominam as ilusões tecnicistas (os efeitos especiais concebidos como um fim em si mesmo) ou as facilidades simbólicas (o género como um espaço de significações fechadas sobre os seus próprios códigos, repetidas até ao academismo mais entediante).
Isto apenas para sublinhar que, finalmente, no mercado português do DVD, surgiu uma edição desse hiper-clássico fantástico que é Nosferatu (1922). de F. W. Murnau — título habitualmente citado como fundador do género de vampiros, é acima de tudo uma travessia das sombras do humano, expostas com a simplicidade desarmante de um cineasta cuja modernidade desafia muitos sectores da nossa contemporaneidade.
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Isto apenas para sublinhar que, finalmente, no mercado português do DVD, surgiu uma edição desse hiper-clássico fantástico que é Nosferatu (1922). de F. W. Murnau — título habitualmente citado como fundador do género de vampiros, é acima de tudo uma travessia das sombras do humano, expostas com a simplicidade desarmante de um cineasta cuja modernidade desafia muitos sectores da nossa contemporaneidade.