
Lição muito prática e muitíssimo pedagógica: a diversificação dos mercados cinematográficos é um dado vital do presente e passa, entre muitas outras coisas, pela fixação dos espectadores que já não têm paciência para ver (e viver) o cinema como se fosse um circo interminável de promoções semanais de blockbusters.
Recomenda-se, por isso, uma visita a FilmFresh, em particular a duas curiosas e respeitáveis categorias profissionais: em primeiro lugar, os jornalistas televisivos que apenas sabem (?) falar de filmes em função dos milhões de dólares que custaram ou dos preços, igualmente em milhões, das respectivas campanhas promocionais; depois, os elementos da distribuição/exibição/edição de filmes que insistem em encarar o mercado como uma parada interminável de blockbusters made in USA — como se prova, é dos EUA que vêm exemplos transformadores como este, suficientemente inteligentes para compreender a dinâmica do(s) público(s) e inventar novos espaços comerciais para os filmes.