
Acontece que ontem, ao dar a notícia a uma amiga, ela muito simplesmente me respondia: “E quem é Gary Numan”? Acreditando que, dada a inexistência de real consequência na sua música desde 1982, e reconhecendo que nunca teve uma carreira de visibilidade entre nós, a saudável dúvida pode morar também em outras almas. Aqui vão algumas ideias para ajudar:

Em 1982 a sua música começou a perder rumo, e as más opções suplantaram as boas canções, eventualmente conduzindo-o a uma rota de esquecimento. O tom sombrio da sua pop electrónica conquistou, contudo, uma nova geração de admiradores na fornalha industrial de 90, com figuras como Trent Reznor e Marilyn Manson a reconhecer a sua influência. Numan, que nunca deixara de editar e tocar ao vivo, rejuvenesceu o seu som, ensopando-o em marcas do som industrial que o aclamava… E é neste registo que nos visita, pelo que vamos passar o concerto à espera de uma ou outra cedência à memória, pedindo pelos santinhos que toque menos das novas canções e mais clássicos como Cars, We Are Glass, Down In The Park, This Wreckage ou, claro, Are Friends Electric?
Para mais informações, aconselha-se uma visita ao seu site oficial. Mas cuidado com o excesso de loas pelo presente, que de Gary Numan o que vale a pena recordar é mesmo a música que gravou até 1982!
A ouvir:
1979. Tubeway Army “Replicas”
1979. Gary Numan “The Pleasure Principle”
1980. Gary Numan “Telekon”