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Comecemos por Ronnie Spector (na foto), figura de proa das Ronettes, que se prepara para editar, a 6 de Abril, o delicioso Last Of The Rock Stars, um álbum que junta o presente às heranças naturais do seu passado, sem esconder o inevitável envelhecimento de uma voz agora com travo vintage. O disco que Nancy Sintara editou há dois anos pode aqui servir de modelo de comparação, apesar das diferenças na forma e resultados finais (mais detalhes brevemente).
Mais próxima está a edição, este mês, de Other People’s Lives, disco a solo do mítico Ray Davies (o histórico líder dos Kinks). O disco recolhe canções escritas ao longo dos últimos anos em New Orleans, para onde se mudou (e foi há algum tempo alvo de assalto e tiroteio). E estabelece pontes entre a América e Inglaterra, com naturais presenças das suas linguagens musicais e com letras que traduzem um olhar sempre irónico sobre a realidade.
O terceiro dos veteranos que regressa é, também este mês,… pois… Neil Diamond! Se a notícia acabasse assim, remeteríamos a novidade no mesmo baú que um eventual novo disco de Demis Roussos… Mas acontece que o disco teve como produtor Rick Rubin, o mesmo que devolveu Johnny Cash à sua melhor forma em meados de 90. 12 Songs é, diz-se, um álbum melancólico, feito de canções da autoria de Diamond, que Rubin despiu à essência num jogo de voz, guitarra acústica e discreto acompanhamento por uma banda. A crítica americana fala deste como o melhor álbum da carreira de Neil Diamond… Será este o seu Songs From The Weast Coast (o melhor e mais esquecido álbum de Elton John desde inícios de 70)? Escutemos, antes de largar mais entusiasmo ou de torcer o nariz…